Vetiver e cedro da Virgínia, bergamota e sândalo, coentro e noz-moscada: a composiçao deste "perfume para homem", lançado em 1971 sob a marca do grande costureiro espanhol, classifica-o sem hesitaçoes na categoria dos amadeirados com especiarias. Esta família típica agrupa essencialmente as notas masculinas, retiradas das essências de madeira exóticas, realçadas de toques hisperídeos e de pormenores mais calorosos, conferidos pelas especiarias. Depois de Brut e de Eau Sauvage, em 1966, o mercado de perfumes para homem tornou-se, em poucos anos, extraordinariamente vivo e diversificado, podendo mesmo uma fragrância servir para alguém se valorizar socialemente. A imagem da virilidade constituía sempre um fator capital (Balafre, Drakkar ou Safari falam de homens musculosos e bronzeados, de esportes violentos e de grandes espaços), mas o mercado evoluiu rapidamente para uma gama mais matizada: um homem era também (nunca deixa de ser) elegância e distinçao, requinte e circunspecçao, o que significa um regresso a valores estéticos que um dandy jamais poderia renegar, pois este considera os cuidados corporais um dos rituais mais sérios. Neste aspecto, Ho Hang é emblemático, pois a respectiva mensagem sublinha que "pretende ser o perfume da harmonia, o do equilíbrio masculino feminino. Repousante após o esforço, estimulante durante o dia, Ho Hang é uma água de toilette de raça, aliada fiel do homem moderno que, prezando a elegância discreta e requintada, quer deixar à sua passagem um ambiente de frescura e de leveza".
quarta-feira, 8 de julho de 2009
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