segunda-feira, 3 de agosto de 2009

32)Joy (Jean Patou)

UMA ACTUALIDADE MAIS QUE PERFEITA

" O perfume mais caro do mundo, propaganda sem réplica, da autoria de Elsa Maxwell, a mexeriqueira de Hollywood ", que acompanhou Jean Patou a Grasse em busca de uma nova fragrância. Estávamos em 1930. O colapso da Bolsa de Nova Iorque lançara na miséria famílias inteiras e arruinara numerosos clientes americanos, habituados aos saloes dos costureiros-perfumistas parisienses. Com efeito, seria para responder a estas tragédias que Jean Patou decidiu umaginar um antídoto perfumado para a depressao geral.
Em Grasse, ficou preso aos encantos de um líquido fabuloso,composto pelas mais preciosas essências de rosa e de jasmim. O respectivo preço de revenda era absolutamente exorbitante, mas seria justamente este argumento justificado que o levou a tomar a decisao. Para tornar o perfume mais sumptuoso ainda, Jean Patou pediu a Henri Alméras, o criador, que duplicasse a concentraçao da fragrância. Símbolo do luxo e do requinte, Joy (batizado, segundo se diz, com o nome de uma rica cliente de Patou), originalmente, foi colocado num frasco de um classicismo perfeito, com uma tampa bem larga e cantos biselados. Dois anos mais tarde, em 1932, num frasco preto com tampa vermelha, inspirados nas caixas para tabaco chinesas, de forma arredondada, até que, em 1975 - o líquido continuava a ser uma atualidade mais que perfeita - Baccarat concebeu um frasco de cristal como um vestido de crinolina. O capitoso bouquet que encerra era de uma grande audácia para a época, pois as duas grandes flores da perfumaria eterna encontravam-se reunidas, quando, normalmente, costumavam ser valorizadas separadamente.




Para Joy, Jean Patou mandou realizar este frasco precioso num cristal Baccarat de uma rara pureza (continua à venda).

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