terça-feira, 7 de abril de 2009

10) Jicky (Guerlain)



A MAGIA DE UMA FRAGRÂNCIA NOVA

Em 1864, quanod os filhos Guerlain sucederam ao pai, Pierre-François-Pascal, o fundador da casa, as funçoes foram naturalmente distribuídas:o mais novo, Gabriel, assumiu a direçao da firma e o mais velho, Aimé, instalou-se em frente da paleta de perfumes. Depois de se ter ilustrado com Fleur d´Italie e Escellence, foi co o revolucionário Jicky, a sua primeira verdadeira obra-prima, que causou escândalo em 1889. Primeiro perfume moderno, ainda atualmente comercializado, Jicky marcou o nascimento da perfumeria contemporânea. Foi um dos primeiros a utilizar produtos de síntese, entre os quais a cumarina com odor a feno e principalmente a vanilina, aldeído isoaldo da baunilha. Todavia, na época, a moda e o bom-tom exigiam que os perfumes femininos fossem como um reflexo das flores, de aromas finos e doces que se assemelhassem o mais possível aos de una rosa, deuma violeta, de um jasmim ou, melhor ainda, ao de um bouquet sabiamente composto. Ora, Jicky era um aroma novo, indefinível, que nao se assemelhava a qualquer bouquet conhecido: semi-oriental, aromática, evoca um bailado olfativo entre a alfazema e a bergamota, onde um toque de civete surpreende e choca, tanto mais que o calor das especiarias quentes, baunilha e fava-tonca, lhe confere um desenvolvimento sensual e avassalador. Quando foi lançado, Jicky, concebido para a mulher, foi adotado pelos homens: com efeito, foram os dandies que se apaixonaram por esta fragrância difícil de identificar, vigorosa e original, antes de a imprensa feminina, em 1912, lhe ter elogiado finalmente o seu justo valor.

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