domingo, 12 de abril de 2009

13) Acqua di Giò (Giorgio Armani)




Número um do prêt-à-porter de luxo em Itália, um país onde o ritmo de lançamento de perfumes é o mais elevado da Europa, o costureiro Giorgio Armani domina de longe esta paisagem que, por vezes, parece um pouco saturada. Depois de ter inicialmente trabalhado com Nino Cerruti, "Gorgeous George", como a revista americana chamou, revolucionou a moda masculina antes de se dedicar à criaçao feminina, tornando-se um símbolo de elegante descontraçao e de segurança de gosto. Os perfumes que lançou, para homem e senhora, inscreveram-se imediatamente no pelotao de vanguarda das fragrâncias famosas.
Giorgio Armani declara gostar da "moda que nao se vê" e de "um estilo de perfumes fluidos e sóbrios, elegantes e modernos". Tendo escrito com a própria mao as três letras do ser diminutivo- Giò -, o costureiro criou primeiramente, em 1992, um floral frutado, para o qual desenhou igualmente o frasco, simplicíssimo. Com Acqua di Giò, a inspiraçao ajusta-se ainda mais ao sono de evasao do qual impoe os contornos: refere ter descoberto a alma do perfume em Pantelleria, uma ilha siciliana entre o céu e a água. "O Sol aquece-a, o mar esculpe-a, é doce e amarga, recamada de açucar e de sal." A abrir, ervilhas-de-cheiro aciduladas respiram as neblinas marinhas. No coraçao, o jasmim rivaliza em frescura coma frésia e o jacinto branco. No final, um acorde de madeira almiscarada exala a sensualidade do perfume. Por fim, para concretizar essa idéia de frescura, símbolo de uma epoca que adora a pureza e a vastidao do mar, Armani encerra o perfume num frasco entre o jade e o verde-claro e confere ao estojo uma cor marinha.





Giorgio Armani gosta dos perfumes fluidos, modernos e sóbrios, despidos de artifícos, que exprimam as emoçoes em tamanho real.

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